segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Mestre Laurentino

Laurentino Gomes em foto de Eduardo Anizelli/Folhapress


          Excelente a palestra do jornalista e escritor Laurentino Gomes no último dia da Bienal do Livro, ontem à tarde.
          O cara lançou, em 2007, 1808 falando sobre a vinda da família real ao Brasil e vendeu mais de 600 mil exemplares. Agora, ele volta com 1822 - a ser lançado em 7 de setembro próximo - e está preparando 1889. "Aí, prometo nunca mais lançar livro com data no título." brincou ele.
           Já li 1808 e achei a obra muito interessante. Mas o fundamental é que ela ajuda a quebrar um paradigma: o de que o brasileiro não lê, ou se lê, só lê Paulo Coelho e autoajuda. A prova disso é que, pela primeira vez um livro - e ainda de História do Brasil - vendeu mais que qualquer disco lançado no mesmo período.
           Outra grande contribuição de Laurentino - e aí está, talvez, o segredo do seu sucesso - é que ele usa da linguagem jornalística pra contar os fatos ocorridos durante o Império. "Ninguém precisa sofrer pra aprender História", argumenta o autor. 
           Como fui pelo mesmo caminho em Pedro e os Lobos, tomara que também tenha acertado a mão e meu livro decole.
           A propósito, Laurentino é uma pessoa bastante simpática, atenciosa com o público e não carrega qualquer traço da arrogância típica daqueles que atingem os píncaros do estrelato literário. Tanto que o presenteei com um exemplar de Pedro e os Lobos e ele exigiu um autógrafo. Confesso que fui às nuvens ao me ver escrevendo a dedicatória pro homem.
  

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